A dislipidemia afeta adversamente o sistema cardiovascular atuando, dentre outros aspectos, sobre o endotélio. A manutenção da integridade funcional do endotélio é crucial para a prevenção da aterosclerose; tem sido demonstrado que a disfunção endotelial ocorre desde o início do processo aterosclerótico e contribui para a formação, progressão e instabilidade da placa. Estudos demonstraram que a disfunção endotelial é um preditor independente de eventos cardiovasculares e de pior prognóstico em longo prazo.

A agressão ao endotélio ocasionada pela dislipidemia também pode ser estudada através de alterações nas células progenitoras endoteliais (CPE). Estas são células CD34 circulantes que possuem a capacidade de migrar para lugares de agressão vascular e ajudar no reparo endotelial. As CPE têm sido intensamente estudadas devido ao seu potencial prognóstico e terapêutico em indivíduos com doença cardiovascular.

Neste contexto, o objetivo primário deste estudo foi realizar uma caracterização dos pacientes com hipercolesterolemia grave, com foco na avaliação da função endotelial microvascular e das células progenitoras endoteliais. Secundariamente, o trabalho tem como objetivo comparar estes parâmetros entre os pacientes que possuem diagnóstico clínico de HF e os que não possuem, a fim de verificar se os primeiros apresentam maiores anormalidades.

 Veja a Dissertação de Juliana Duarte Lopes da Silva