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Avizinham-se as eleições para a escolha de Diretor e Vice da nossa Faculdade de Medicina, hoje com 4 cursos de graduação (Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional). Estas ocorrem em um momento particularmente difícil para a nossa Instituição, por conta de questões estruturais e conjunturais, com forte repercussão acadêmica.

Acreditamos que o ensino superior nas profissões da área da saúde e, em especial, o ensino da Medicina, pela sua própria natureza, caracterizam-se por alto grau de dinamicidade. As mudanças econômicas, sociais e políticas que afetam os governos, bem como as condições de saúde são eventualmente trazidas àqueles profissionais e acabam por se refletirem nos conteúdos e métodos utilizados na sua educação, como é o caso das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Medicina, propostas de avaliação e acreditação, estas últimas por proposição do CFE e ABEM.

Por outro lado, a Educação Médica, lato sensu, sobretudo nas últimas quatro décadas, passou a se configurar como uma área multidisciplinar do conhecimento humano em intenso crescimento. Em razão do grande número de estudos e investigações realizados em seu âmbito, inúmeras transformações e inovações, muitas delas fundamentadas em sólidas evidências, passaram a ser incorporadas aos currículos dos cursos hoje coordenados pela Faculdade de Medicina.

As avaliações externas dos nossos egressos - principalmente, os de medicina - nos situam em posição que nunca estivemos, certamente, a deterioração do nosso principal laboratório de ensino aprendizagem, o HUCFF e o descompasso entre as direções deste e da Fac. Medicina nos últimos anos podem ter contribuído para isso.

Novos desafios estão colocados, como o ensino a distância e ampliação de laboratórios de simulação.

A RUTE capacitou nossos hospitais com equipamentos que poderiam catapultar ações nesta direção, mas sua utilização, no sentido pedagógico, não tem sido exercitada. Não temos tido capilaridade participativa, no sentido de envolver o conjunto do professorado em direção ao futuro.

Que alunos queremos formar? Que alunos podemos formar? Que alunos estamos formando? Estas perguntas, formuladas aos nossos colegas, revelam uma miríade de respostas, o que evidencia a segmentação de visões – necessárias, mas sem atitude integradora destes diversos olhares.

Nossos alunos participam, se esforçam, entretanto, observam passar a janela de oportunidades de ensino-aprendizado que não tem volta. Eles, que são os sujeitos da nossa existência e a razão de ser desta nossa Instituição, precisam a voltar a ocupar o centro, ser o centro das nossas ações dentro de uma perspectiva humanitária e ética.

Uma adequada politica de assistência estudantil precisa ser implementada ou criada. Com a mudança do perfil do nosso alunado, as necessidades são múltiplas. No que diz respeito à assistência médica, por exemplo, temos que ter fluxo preferencial bem estabelecido; mesma atenção ao acompanhamento acadêmico. Estamos tendo evasão nos nossos cursos como nunca tivemos e esta ausência de política pode estar contribuindo

Temos carência profunda de uma integração básico-clínica, não só para projetos de pesquisa, mas também numa interação viva durante o curso de graduação, por conta de redução, nas áreas básicas, de profissionais (médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e TOs) que compreendam como professores as vicissitudes e necessidades das áreas profissionais.

O estímulo ao projeto Md PhD pode ser uma poderosa alavanca para suprir a dificuldade acima mencionada.

Na pós-graduação, contamos com programas de excelência, enquanto outros minguam por causas diversas, sem contar com apoio para recuperação ou ainda estímulo à criação de pontes que possam fortalece-los.

A pesquisa clínica enfrenta grandes dificuldades, reflexo do sucateamento dos nossos Hospitais, em especial o HUCFF.

Cooperar com as diferentes direções para suas melhorias é tarefa de primeira hora.

Temos cursos de pós-graduação excelentes, por força dominantemente dos nossos pesquisadores e de coordenação efetiva, e outros, como dissemos acima, claudicam. A direção da faculdade deve nuclear e apoiar as áreas emergentes com medidas concretas sem paternalismo.

Neste contexto, por exemplo, o retorno dos laboratórios de pesquisa da Fisioterapia no Hospital Universitário é fundamental. Esta medida associada à expansão do Ginásio para atendimento certamente irá criar melhores condições para o ensino e pesquisa nesta área

Nossos funcionários necessitam de injeção de ânimo, precisam ser considerados coparticipes do arcabouço necessário para implementação das atividades acadêmicas, nas várias seções e departamentos, e muitos sequer contam com eles. A elevação da auto-estima passa por uma política de apoio ao seu crescimento.

A Faculdade de Medicina não tem planejado seu futuro, e por isto vive ao sabor dos acontecimentos, “deixando a vida lhe levar”. Há 20 anos, tínhamos proporcionalmente uma melhor relação professor-aluno, do que hoje com quatro cursos. Por quê? Porque não planejamos, porque a um só tempo fomos fiadores e executores de políticas de curto prazo e assim administramos com as dificuldades conhecidas.

O quadro de professores precisa ser expandido, quem sabe multiplicado por um fator de 0,5, e este pleito precisa ser levado à Reitoria e MEC, sob pena de estiolarmos nossos valores.

A integração docente-assistencial é pedra de toque atualíssima e sempre foi a nossa prática - hoje, acredito, um pouco esquecida. Como ensinar fisio, fono, TO e medicina sem as estar praticando? O exemplo, o “como eu faço”, o manejo ajustam o aprendizado em serviço. Por isto é fundamental que cada Unidade Suplementar Hospitalar tenha os respectivos serviços.

Agora, com o novo currículo, quando os alunos devem ter experiências pedagógicas na rede, aponta-se também nesta direção. Quando analisamos os conteúdos curriculares que apontam para uma atenção global, tendo em perspectivas a saúde da família, constatamos que é exatamente este o modelo adotado pelo Depto.de Pediatria /IPPMG.

O PEM, nosso laboratório de currículo, precisa ser institucionalizado na direção condutora da nossa prática de ensino. Estímulo para que os nossos outros cursos caminhem na mesma direção, revisitando seus conteúdos de forma crítica e propositiva.

Com estas ideias e propósitos, gostaríamos de liderar a nossa Escola em direção ao futuro.

Por Alexandre Pinto Cardoso e Luiz Carlos Miranda

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