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A Defesa de Tese de Doutorado do aluno Paolo Blanco Villela, intitulada Mortalidade por doenças cerebrovasculares e hipertensivas no Brasil entre 1980 e 2013, foi realizada no dia 2 de agosto de 2016, no Auditório Professor Halley Pacheco de Oliveira – 8º andar do HUCFF/UFRJ.

Introdução:
Existem poucos dados na literatura nacional sobre o comportamento das doenças cerebrovasculares (DCBV) e das doenças hipertensivas (DHIP) ao longo dos anos. Os óbitos relacionados às DHIP podem estar subdimensionados quando avaliados somente pela causa básica. As variações nas taxas de mortalidade de ambas as condições podem sofrer influência de fatores socioeconômicos.

Objetivo:
Avaliar a evolução temporal das taxas de mortalidade por DCBV e DHIP no Brasil. No período entre 1980 e 2012, avaliar as taxas de mortalidade por causa básica. No período entre 2004 e 2013, avaliar por causas múltiplas, e também nesse mesmo período, avaliar a relação das taxas de mortalidade por estas doenças com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a cobertura da saúde suplementar.

Métodos:
Os dados dos óbitos e população foram obtidos do site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As taxas de mortalidade por doenças do aparelho circulatório (DAC), DCBV e DHIP foram padronizadas pela idade. Para a análise por causas múltiplas, avaliou-se as menções as DCBV e DHIP em todas as linhas das declarações de óbito entre 2004 e 2013. Os dados do Índice de Desenvolvimento Humano de cada unidade da federação (IDH Municipal, IDHM) foram obtidos do site Atlas Brasil. Para a correlação com o IDHM e a cobertura da saúde suplementar, as taxas de mortalidade além de padronizadas por idade, foram compensadas pelas causas mal definidas. Avaliou-se a correlação entre a mortalidade por DAC, DCBV e DHIP e a cobertura da saúde suplementar entre 2004 e 2013 nas unidades da federação. Avaliou-se também a correlação entre o IDHM no ano 2000 e as taxas de mortalidade por DAC, DCBV e DHIP em 2013.

Resultados:
As taxas de mortalidade padronizadas por DAC e DCBV apresentaram declínio entre 1980 e 2012, enquanto houve discreto aumento na taxa de mortalidade padronizada por DHIP. Quando houve menção a DCBV sem DHIP, aquela foi selecionada como causa básica em 74,4% dos casos. Nos casos de DHIP sem DCBV, aquela foi selecionada como causa básica em 30,0%. Quando avaliados por menções nas DO, notou-se aumento expressivo nos óbitos relacionados às DHIP em comparação à sua avalição por causa básica entre 2004 e 2013, no país. Todas as unidades da federação apresentaram elevação do IDHM entre 2000 e 2010, e cerca de 50% apresentaram índice igual ou superior a 0,7. Houve incremento na cobertura dos planos de saúde no país entre 2004 e 2013, e isto se relacionou de maneira inversa com as taxas de mortalidade compensadas e padronizadas por DAC e DCBV. As taxas de mortalidade compensadas e padronizadas por DAC, DCBV e DHIP, em 2013, apresentaram relação inversa com o IDHM do ano 2000, mas as relações mais lineares ocorreram nas DCBV e DHIP.

Conclusão:
A redução nas taxas de mortalidade padronizadas por DBCV pode contribuir para a elevação discreta nos óbitos por DHIP, que são subestimados quando avaliados somente pela causa básica. A mortalidade por ambas as condições parece estar associada à fatores socioeconômicos. Para a redução da mortalidade por DCBV e DHIP é necessário, além de enfatizar o controle da hipertensão, melhorar as condições socioeconômicas do país.

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